sexta-feira, 3 de outubro de 2008

nunca escrevo

nunca escrevo, nunca escrevo
traga tempo, traça dias
nunca escrevo...
levada para longe pelas confusões quotidianas,
sou emigrante de mim
sem ter sequer a proverbial mala.
escrevo na memória
pequenas notas literárias
que se escoam também entre os miolos revoltos.
não há tempo, não há tempo...
nunca escrevo, nunca escrevo.

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