sábado, 18 de outubro de 2008

2006 - Quatro poemas e uma frase em revolta (3)

Tu.
Caiu-me da boca e estatelou-se na mesa
à frente do ecrã.
Tu.
E fiquei a olhar para ele sem saber bem quem era.
Porque me pareces tão familiar? E que direito tem ele, este Tu, de cair assim da minha boca,
e ficar estatelado a olhar para mim,
como um desafio…?
Uma pequena esfera metálica
que rebolou para dentro do meu peito e se alojou algures
entre as costelas flutuantes e o medo de amar.
Um grão de pimenta (da mais forte).
Tu.

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