sábado, 18 de outubro de 2008

2006 - Quatro poemas e uma frase em revolta

Às vezes parece ódio
vejo lâminas a retalharem-me o corpo
reflexos de aço nú e luz estridente…
ouço-os rir.
Mas guardo a pele intacta,
o olhar incrédulo
o cérebro néscio
o coração assustado.

Às vezes sei que me escondo
num lugar pequeno e escuro
Soluço como quem se embala
E espero que passe.
Mas a vida não passa quando não é vivida,
a vida perdura…
Se não sais da dor a dor não sai de ti,
se não sais do medo ele come-te as entranhas.

É por isso que todas as inspirações são poucas
e todos os desejos são vitais.

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