De 2.09.2013.... complexo processo mental.......
esta foi uma aterragem breve, mas o furacão continua. :P
Diz o charquinho à lua
"Somos iguais, não vês?
Anda cá 'baixo depressa
antes que eu desapareça..."
A lua impassível brilha
traça compasso no céu
e o charquinho desespera
a consumir-se na espera...
"Se somos iguais os dois
porque não sobes cá tu?"
troça a lua com ternura
tentando pôr cara dura.
E o charquinho em desespero
tenta lembrar-se do sol.
ferve o coração aos saltos...
e gota a gota evapora,
mas em vez de ficar alto
cada gota vai-se embora!
Morre na praia o charquinho
em completa dispersão.
E a lua,
na sua rebolitude de prata,
diz-lhe "não queiras ser nada
que o teu coração não for."
E assim
crava a lança o desamor
que por já ser solidão
do charco não abre mão.
...
O charquinho volta a si
entre pinheiros e pedras
e é em si que mergulha
na procura....
Natureza de reflexo
Mimetismo natural
não pode ter companhia...
espelho demais asfixia!
E desaba assim em pranto
desfiando gota a gota
todo o seu medo, tristeza, solidão.
até que então...
Num breve instante suspenso,
na gota em queda, um reflexo...
O que era?
Olha em volta.
O pinheiro, o pardal, seixo redondo, formiga,
núvens tingidas de rosa, alecrim e mariposa...
Está tudo dentro de si,
reflectido em cada gota!
O charco então faz-se esfera
para melhor ver o mundo,
estica-se e, com comoção,
abre todo o coração!
E num suspiro,
encontra a medida certa
onde antes morava o excesso.
Não reflectir só um ponto
mas sim todo o Universo!
Devolver pra todo o lado
o amor de cada um,
e a cada momento vivido
dar graças por tê-lo tido.
Assim a sua explosão
em vez de devastação
poderá semear risos
e acordar o que é preciso...
esta foi uma aterragem breve, mas o furacão continua. :P
Diz o charquinho à lua
"Somos iguais, não vês?
Anda cá 'baixo depressa
antes que eu desapareça..."
A lua impassível brilha
traça compasso no céu
e o charquinho desespera
a consumir-se na espera...
"Se somos iguais os dois
porque não sobes cá tu?"
troça a lua com ternura
tentando pôr cara dura.
E o charquinho em desespero
tenta lembrar-se do sol.
ferve o coração aos saltos...
e gota a gota evapora,
mas em vez de ficar alto
cada gota vai-se embora!
Morre na praia o charquinho
em completa dispersão.
E a lua,
na sua rebolitude de prata,
diz-lhe "não queiras ser nada
que o teu coração não for."
E assim
crava a lança o desamor
que por já ser solidão
do charco não abre mão.
...
O charquinho volta a si
entre pinheiros e pedras
e é em si que mergulha
na procura....
Natureza de reflexo
Mimetismo natural
não pode ter companhia...
espelho demais asfixia!
E desaba assim em pranto
desfiando gota a gota
todo o seu medo, tristeza, solidão.
até que então...
Num breve instante suspenso,
na gota em queda, um reflexo...
O que era?
Olha em volta.
O pinheiro, o pardal, seixo redondo, formiga,
núvens tingidas de rosa, alecrim e mariposa...
Está tudo dentro de si,
reflectido em cada gota!
O charco então faz-se esfera
para melhor ver o mundo,
estica-se e, com comoção,
abre todo o coração!
E num suspiro,
encontra a medida certa
onde antes morava o excesso.
Não reflectir só um ponto
mas sim todo o Universo!
Devolver pra todo o lado
o amor de cada um,
e a cada momento vivido
dar graças por tê-lo tido.
Assim a sua explosão
em vez de devastação
poderá semear risos
e acordar o que é preciso...
